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Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Como conhecer Jesus Cristo?

Saiba como adquirir o conhecimento de Jesus Cristo em preparação para a consagração a Virgem Maria.
Na terceira semana de preparação para a consagração, como intenção de nossas orações, jejuns, penitências, sacrifícios e boas obras, pediremos o conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Além disso, podemos ler e meditar alguns textos a respeito do Filho de Maria, no Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Pois, estes escritos nos ajudarão a conhecer nosso Mestre e Senhor Jesus Cristo. Conhecendo a Sua história, percebemos que durante toda a sua vida oculta, o Filho de Deus se escondeu na casa de Maria, em Nazaré, e dela dependeu inteiramente. Nossa Senhora também esteve presente na vida pública de Jesus, desde o primeiro milagre nas Bodas de Caná1 até o Seu sacrifício na Cruz2. Estes fatos são elementos fundamentais para um verdadeiro conhecimento de Jesus Cristo.
Jesus Cristo é o novo Adão3, que veio ao mundo em seu Paraíso Terrestre, no seio virginal de Maria, para aí achar as suas delícias e operar, às escondidas, maravilhas de graça. “O Deus feito homem encontrou a sua liberdade em se ver aprisionado no seio d’Ela; fez brilhar a sua força, deixando-se levar por essa jovem Virgem. Achou a sua glória, e a de seu Pai, escondendo os Seus esplendores a todas as criaturas da Terra, para só os revelar a Maria; glorificou a sua independência e majestade dependendo desta amável Virgem na sua concepção4, nascimento5, apresentação no templo6, na sua vida oculta de trinta anos e, até, na sua morte. Maria devia assistir a essa morte, porque Jesus quis oferecer com Ela um mesmo sacrifício e ser imolado ao Eterno Pai com seu assentimento, como outrora Isaac também fora imolado à vontade de Deus pelo consentimento de Abraão7. Foi Ela que o amamentou, nutriu, sustentou, criou e sacrificou por nós”8.
O Verbo de Deus, onipotente e eterno, não somente escondeu-Se dos homens em Maria, mas também fez-Se dependente daquela que se fez “Serva do Senhor”9. “Ó admirável e incompreensível dependência de um Deus! Nem o Espírito Santo a pôde ocultar no Evangelho para nos mostrar o seu valor e glória infinita, embora tenha escondido quase todas as maravilhas operadas pela Sabedoria Encarnada durante a sua vida oculta. Jesus Cristo deu mais glória a Deus Pai pela sua submissão a Maria durante trinta anos do que lhe teria dado se convertesse toda a Terra operando os maiores prodígios. Oh! Quão altamente glorificamos a Deus quando nos submetemos, para Lhe agradar, à Virgem Santíssima, a exemplo de Jesus Cristo, nosso único modelo!”10.
O Filho de Deus ama ardentemente a Mãe Santíssima, mais do que qualquer outra criatura neste mundo, por isso ficou escondido em sua casa e dela dependeu para realizar o desígnio divino da salvação. Por isso, seguindo seu exemplo, devemos também amá-la ardentemente, com todas as nossas forças, com toda nossa mente, com todo nosso coração, com toda nossa alma. Devemos amar a Virgem Maria, não por ela mesma, mas por causa de Deus. Se por causa do Senhor devemos amar até mesmo nossos inimigos11, muito mais temos a obrigação de amar a sua Mãe Santíssima, aquela que Ele mais amou na Terra. Mas, para obter da Divina Misericórdia um verdadeiro amor e uma verdadeira devoção à sua Santíssima Mãe, e para inspirá-los a todo o mundo, peçamos primeiramente a graça de amá-Lo ardentemente.
Para alcançar a graça de amar Jesus Cristo, São Luís Maria nos convida a rezar com ele esta oração inflamada, com Santo Agostinho e com os verdadeiros amigos do Senhor:
“Ó meu Jesus, Vós sois o Cristo, meu Pai Santo, meu Deus misericordioso, meu Rei infinitamente grande. Vós sois o meu Bom Pastor, meu único Mestre, meu Auxílio, todo bondade, meu Bem-amado de arrebatadora beleza, meu Pão da Vida, meu Sacerdote eterno. Vós sois o meu Guia para a Pátria, minha Luz verdadeira, minha Doçura toda Santa, meu Caminho direto. Vós sois a minha Sabedoria sublime, minha Simplicidade pura, minha pacífica Concórdia. Vós sois toda a minha Defesa, minha preciosa Herança, minha eterna Salvação. Ó Jesus Cristo, Mestre adorável, porque é que eu amei ou desejei em toda a minha vida outra coisa fora de Vós, Jesus, meu Deus?! Onde estava eu quando não pensava em Vós?! Que o meu coração, ao menos a partir deste momento, só arda em desejos de Vós, Senhor Jesus; que só para Vos amar ele se dilate. Desejos da minha alma, correi doravante: já basta de delongas! Apressai-vos a atingir o fim porque aspirais, buscai em verdade Aquele que procurais! Ó Jesus, seja anátema quem não Vos amar! Seja repleto de amargura! Ó doce Jesus, sede o amor, as delícias e o objeto da admiração de todo coração dignamente consagrado à Vossa glória. Deus do meu coração e minha herança, divino Jesus, que o meu coração esvazie-se do seu próprio espírito, para que Vós possais viver em mim, acendendo em minha alma a brasa ardente do Vosso Amor, que seja o princípio de um incêndio todo divino. Arda incessantemente sobre o altar do meu coração, inflame o mais íntimo do meu ser, e abrase as profundezas da minha alma. Que no dia da minha morte eu compareça diante de Vós todo consumido no Vosso Amor! Amém. Assim seja”12.
Assim, inspirados por esta admirável oração de Santo Agostinho, rezemos todos os dias desta semana de preparação para pedir o amor e o conhecimento de Jesus Cristo, que buscamos na consagração por intermédio da Virgem Maria. Peçamos várias vezes nestes dias: “’Senhor, que eu Vos conheça!’ Ou então: ‘Senhor, fazei que eu veja quem sois Vós!’”13. Durante esta semana, meditemos sobre Jesus Cristo, o Deus escondido e dependente da Virgem Maria. Pois, com Ele aprenderemos a ser dependentes da Mãe de Deus e a nos esconder no seu Imaculado Coração. Com Jesus, aprendamos a permanecer na casa de Maria e a depender inteiramente dela para realizar a vontade do Pai em nossas vidas. Com o Filho de Deus, aprendemos como nos consagrar, nos entregar inteiramente, e a amar a Santíssima Virgem Maria. Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!
Informações: as orações preparatórias desta segunda semana, para quem faz sua consagração no dia 12 de Dezembro, começam dia 6 de Dezembro e terminam dia 11. Convidamos todos os que fazem ou renovam sua consagração neste dia 12, ou em data próxima, a participar da 5ª Campanha Nacional de Consagrações à Virgem Maria. Para fazer sua inscrição, basta enviar os seus dados, preenchendo o formulário até o dia 09 de Dezembro de 2014. Os nomes dos participantes da 5 ª Campanha serão colocados nas intenções na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, presidida pelo Padre Paulo Ricardo, no dia 12 de Dezembro, em Cuiabá (MT).

Referências:

1 Cf. Jo 2, 11.

2 Cf. Jo 19, 25.

3 I Cor 15, 45.

4 Cf. Lc 1, 28-38.

5 Cf. Lc 2, 1-19.

6 Cf. Lc 2, 42-52.

7 Cf. Gn 22, 1-12.

8 SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 18.

9 Cf. Lc 1, 38.

10 SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Op. cit., 18.

11 Mt 5, 44.

12 SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Op. cit., 67.

13 Idem, 230.
Imaculada Conceição

A Imaculada Conceição e a superabundância da graça

A superabundância da graça realizou-se plenamente na Imaculada Conceição da Virgem Maria.
As palavras de São Paulo na carta aos Romanos: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”1, dizem respeito especialmente ao mistério da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria. Nesse sublime mistério, contemplamos os mais excelentes frutos da divina misericórdia numa criatura humana. Se no princípio da criação, no coração de uma mulher – a virgem Eva – o pecado abundou2; na plenitude dos tempos, no coração de outra mulher – a Virgem Maria – superabundou a graça divina3. A graça que a humanidade recebeu por Maria é muito mais abundante do que o mal causado pelo pecado dos nossos primeiros pais. Em Nossa Senhora, mais do que em qualquer outra criatura, a graça triunfa sobre o pecado4 e a morte.
Na Imaculada Conceição de Maria, a redenção de Jesus Cristo manifesta a sua força salvífica preveniente, por antecipação, e permanente5. A concepção imaculada da Mãe de Deus é a maior vitória do mistério pascal de Cristo, “o fruto mais excelente do germe de vida eterna que Deus … lançou no coração da humanidade, necessitada de salvação depois do pecado de Adão”6. A Virgem Maria experimentou o mistério da redenção de modo especialíssimo, o que manifesta a singular a generosidade de Deus com a humanidade, com cada um de nós. O Filho de Deus foi especialmente generoso com sua Mãe Santíssima. Jesus Cristo remiu a Virgem Maria antecipadamente, de modo particularmente superabundante, da mancha do pecado original. Em Jesus, a Redenção é abundante7 e a generosidade do Filho para com sua Mãe manifesta-se desde o princípio da sua existência no milagre da Imaculada Conceição8. Em consequência, o dogma da Imaculada Conceição de Maria não obscurece, ao contrário, contribui admiravelmente para ressaltar os extraordinários efeitos da graça redentora de Cristo na natureza humana9.
A redenção realizada por Cristo não significa apenas libertação, ou preservação, do pecado, que é a graça salvífica, mas também a semente da santidade, da graça santificante, plantada pelo Redentor em nossos corações10. A Virgem de Nazaré foi preservada da herança do pecado original em virtude da plenitude da graça recebida de Jesus e pelos méritos do seu Filho no mistério da redenção. Maria pertence a Cristo desde o primeiro instante da sua concepção imaculada, participa da graça salvífica e santificante e daquele amor que tem o seu início no mistério da Encarnação. “O fruto maduro da redenção é a santidade”11, que se manifestou extraordinariamente na Imaculada. Em Nossa Senhora, o efeito da Redenção manifestou-se na sua pureza total e na florescência maravilhosa da sua santidade. Dessa forma, a Imaculada Conceição de Maria é a primeira maravilha da redenção realizada pelo seu Filho12, que diz respeito a toda a humanidade. A superabundante graça na Mãe de Deus desde a sua concepção imaculada faz dela dispensadora privilegiada dos efeitos do mistério da redenção.
TF.169: Imaculada Conceição de Maria
Padre Paulo Ricardo
Ouça programa do Padre Paulo Ricardo sobre a “Festa da Imaculada Conceição de Maria“:
A história da Igreja comprova que a Virgem Maria é um veículo excelente e único da redenção de Cristo. A Mãe de Deus é um canal privilegiadíssimo da graça divina, uma via de eleição pela qual a graça chega a nós com abundância extraordinária e maravilhosa. Onde Nossa Senhora é invocada, a graça é abundante, acontece a cura em nosso corpo e em nosso espírito13. A este respeito, nos vêm ao pensamento os grandes santuários marianos: Lourdes, na França; Fátima, em Portugal; Guadalupe, no México; Aparecida, no Brasil. Nestes e em muitos outros, a Virgem Maria manifesta-se como canal excelente e privilegiadíssimo da graça de Deus. Nestes santuários dedicados a Santíssima Virgem, milhares de peregrinos experimentam a superabundância da graça divina nos numerosíssimos milagres, curas, conversões, sinais e prodígios. Tais prodígios manifestam a maravilhosa eficácia da intercessão de Maria, Medianeira de Todas as Graças.
Assim, se vivermos em intimidade com Nossa Senhora, encontraremos “no mistério da sua Imaculada Conceição uma inexaurível fonte de conversão, amadurecimento e santificação”14. Isto significa que a Virgem Maria não é somente modelo de perfeição, de santidade, mas também é fonte superabundante da graça salvífica e santificante. Temos na Mãe da Igreja o auxílio necessário da graça para alcançar a santidade e a salvação, que nos foi dada em seu Filho Jesus Cristo. Por isso, invoquemos com confiança a Virgem Maria, para obtermos dela a superabundância da graça, que se manifestou primeiramente na sua concepção imaculada.
Oração do Papa João Paulo II a Imaculada Conceição:

Nós nos dirigimos a Vós, Virgem Santa Imaculada.

Em Vós tem início o mistério da Redenção que nos livra da morte,

porque a herança do pecado não Vos atingiu.

Vós sois cheia de graça, e em Vós abre-se para nós o Reino de Deus,

o novo futuro do homem, que pode, na fé, contemplar em Vós a obra da sua renovação

e o fundamento da sua esperança de imortalidade.

Trazei a nós, na vossa pureza, o Filho de Deus, a “luz que veio ao mundo”,

e conduzi todos nós pelos caminhos de santidade,

para que possamos encontrar Cristo, agora e para sempre. Amém15.

Fonte: FIDELIS STÖCKL. O mistério da Imaculada Conceição no Pensamento de Papa João Paulo II.

Referências:

1 Rm 5, 20.

2 Cf. Gn 3, 16.

3 Cf. Lc 1, 26.

4 Cf. PAPA JOÃO PAULO II. Homilia de 8 de dezembro de 1987.

5 Cf. idem, Angelus de 8 de dezembro de 1993.

6 Idem, Regina Coeli de 17 de abril de 1983.

7 Cf. Sl 129, 7.

8 Cf. PAPA JOÃO PAULO II. Angelus de 8 de dezembro de 1978.

9 Idem. Audiência de 5 de junho de 1996.

10 Cf. idem. Carta Encíclica Redemptoris Mater, 10.

11 Idem, ibidem.

12 Cf. idem. Audiência de 7 de dezembro de 1983.

13 Cf. idem. Angelus de 19 de julho de 1987.

14 Idem. Alocução às Irmãs Servas de Maria Imaculada em 6 de julho de 1999.

15 Idem, Homilia de 2 de novembro de 1986.
Nossa Senhora de Guadalupe e São João Paulo II

Nossa Senhora de Guadalupe e seu abraço de Mãe

Recebamos o abraço materno de Nossa Senhora de Guadalupe, a Padroeira das Américas.
Nas aparições de Nossa Senhora de Guadalupe, recebemos o abraço da Mãe de Deus, o seu amor e cuidado por cada um de nós, seus filhos. Estas aparições aconteceram no México, em 1531, quando os colonizadores espanhóis já tinham aprendido a língua indígena local. Porém, a fé católica se espalhava lentamente naquelas terras, principalmente por causa dos rituais astecas, ainda muito enraizados na cultura e na religião dos índios mexicanos. Neste contexto histórico, no qual aconteciam até mesmo sacrifícios humanos, Nossa Senhora apresenta-se como a Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus Vivo, ao índio Juan Diego. Este já era convertido e muito devoto da Santíssima Virgem. Ao piedoso indígena, que a Virgem Maria chamou de “o mais humilde de meus filhos”1, ela apareceu para mostrar seu amor materno para aquele povo e ser auxílio para a missão da Igreja.
A Mãe de Deus pediu que fosse construído um templo no monte Tepeyac, onde apareceu a Juan, para expressar nele seu amor e cuidado maternos para com o Povo de Deus, especialmente para os mexicanos. Para convencer o índio, a Virgem Maria disse: “Eu desejo que um templo seja construído aqui, rapidamente; então, Eu poderei mostrar todo o meu amor, compaixão, socorro e proteção, porque Eu sou vossa piedosa Mãe e de todos os habitantes desta terra e de todos os outros que me amam, invocam e confiam em mim. Ouço todos os seus lamentos e remedio todas as suas misérias, aflições e dores”2. Depois de dizer do seu amor e cuidado para com o povo, Nossa Senhora explicou o que ele deveria fazer: “E para realizar o que a minha clemência pretende, vá ao palácio do Bispo do México e lhe diga que Eu manifesto o meu grande desejo, que aqui neste lugar seja construído um templo para mim”3. Obediente, o piedoso jovem foi ao Bispo e transmitiu o desejo da Santíssima Virgem.
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2024/04/30 17:32:11
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